Há um mês que não te vejo correr.
Há um mês que os dias são mais longos.
Há um mês que partilho o teu sono, lado a lado.
Há um mês que não grito para não correres nas escadas.
Para não saltares no sofá.
Para não me trepares para o colo quando estou no computador.
Para esperares por mim e me dares a mão.
Há um mês que não estou sempre a dizer-te para te levantares do chão.
E para não pores na boca as migalhinas que encontras na alcatifa.
Há um mês que não sinto os teus braços a apertarem as minhas pernas.
Há um mês que não te seguro no braço para te ajudar a saltar de um muro mais alto.
Há um mês que ficas o dia todo sentado, entregue a brincadeiras, tentando distrair o tempo.
Que mania esta minha de contar o tempo.
Há um mês que estou a contar os minutos de todos os dias.
E eles são longos, longos, longos.
Eternos.
Há um mês que vivo para um só dia, uma só imagem, um único pensamento.
O som e a alegria dos teus passos, misturados nos passos do tempo,
outra vez eterno de vida e movimento.
4 comentários:
Olá!
Confesso que estranhei a tua ausencia,mas valeu a pena esperar,para receber tão belo comentário.
Obrigado e Bejos.
O meu receio é chegar lá na sexta feira e ele ainda não poder tirar o gesso :(
Nem quero pensar nisso...
Vai passar.
Mimos para o pequenito!
Obrigada, Francisca :)
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