quinta-feira, outubro 13, 2005

"A PAZ QUE EU NÃO QUERO"

"A minha alma está armada
e apontada
para a cara do sossego

pois paz sem voz
paz sem voz
não é paz é medo!

(...)

É pela paz que eu não quero seguir
é pela paz que eu não quero seguir
admitido!"

Maria Rita, Minha alma (a paz que eu não quero)

É um grito esta música. Um grito de alerta. Um grito de socorro.
Um grito que ressoa pelas paredes frias, pelos muros altos que erguemos em redor de nós, procurando, aflito, o coração, a dor, o amor, a ternura, a vida estancada, estrangulada, náufraga, ainda a lutar desesperadamente para sobreviver.

Sobreviver. Sobreviver.
Dentro das grades das nossas prisões
das grades que erguemos ao nosso redor
para nos protegermos
para termos sossego
para termos... paz?

"Me abrace me dê um beijo
faça um filho comigo
mas não me deixe sentar na poltrona
num dia de domingo!

Às vezes eu falo com a vida
às vezes é ela quem diz
qual a paz que eu não quero conservar
para tentar ser feliz..."

Flor tão rara, a vida.
A liberdade de tentar ser feliz...

Um grito de lucidez animal
no meio desta guerra fria
em que erguemos barricadas de alta segurança
em que cavamos trincheiras para nossa protecção
alimentados pela paranóia colectiva do medo do medo do medo!!!

3 comentários:

Rita disse...

O disco é bom? É que eu só tenho o primeiro que adoro e já me disseram que este.... não e lá grande coisa. Mas gostei desta música.~

Que dizes?

papu disse...

Pois eu gostei muito deste, assim como do primeiro. Mas já se sabe que isto de gostos...

Mas se gostaste do primeiro, aconselho-te a comprar. Ou então, tenta sacar as músicas na net, que foi o que eu fiz.
Beijinhos.

Rita disse...

Ai, isso não posso. É ilegal lá em casa...