quarta-feira, dezembro 21, 2005

O BEBÉ GOTA DA MÃE...

É o que o Diogo diz, com uma carinha triste e a voz sumida, cada vez que me zango com ele.

É claro que a zanga passa-me logo, e abraço-o e digo-lhe que também gosto muito, muito dele, mesmo quando estou zangada.

Que difícil que deve ser para eles entender isto!

Mas eu não desisto, nem de me zangar, nem de lhe confirmar uma e outra vez o meu amor.

Mas que deve ser complicado de entender, deve! Realmente, porque carga de água é que uma pessoa que os adora se põe aos berros com eles cada vez, que, por exemplo, eles vão brincar para a escada?

Já lhe fiz ver que é por gostar muito dele que me zango: não quero que ele caia e faça um dóidói muito grande como ia acontecendo no outro dia! (Deu uma queda, que nem vos conto, apanhei um susto! O que vale é que a escada tem alcatifa, e ele fartou-se de chorar mas ficou bem, passado um bocado já estava outra vez aos pulos e aos saltos).

Mas ele fica a olhar para mim com uma cara, cada vez que eu digo estas coisas! E lá volta ele para as escadas ou a empoleirar-se no sofá! Realmente, é incrível como eles se esquecem das dores (e se calhar ainda bem que é assim!). E lá volto eu a gritar e ele com a vozinha chorosa: "O bebé gota da mãe..."

Sem comentários: