terça-feira, agosto 01, 2006

ALEX QUERIDA...

Sim, este post é para ti.
É que ler o teu Diário de Bordo deixou-me inspirada.
E olha, vai disto! Quero partilhar contigo e com todos os que aqui vêm os dois dias mais importantes da minha vida.

Quando nasceu o David, como já referi, comecei a sentir as primeiras contracções por volta das 10 da manhã. Era assim um aperto leve na minha barriga, uma colicazinha que nem chegava a ser dor... Mas eu senti-a logo. Estava tão ansiosa por aquele momento, que fiquei excitadíssima. Primeiro deixei-me estar sentada no sofá, a sentir aquelas dorzitas para aí de 15 em 15 minutos. Depois acho que fui tomar banho. Lembro-me de estar a sentir-me num sonho. O dia tão esperado tinha chegado. Não estava com muito medo. Claro que sentia algum, mas a ansiedade da espera gera medos bem maiores. A vivência do momento trouxe-me a certeza de que tudo ia correr bem.

Tomei banho, comi alguma coisa, já nem sei bem o quê, dei uma espreitadela aos sacos da roupa, que eram dois sacos enormes cheios (as enfermeiras até se riram, depois, e perguntaram se eu ia de viagem...), e entretanto as dores iam aumentando de intensidade. Por volta das duas horas acordei o pai. Depois ainda deu tempo de ligar para a mãe dele, a dar os parabéns e a avisar de que estávamos de saída para o hospital (ela até achou que estávamos a gozar!). Telefonámos aos meus pais, que nos vieram buscar, e aí fomos nós. Eram umas 15 horas, e eu já tinha de parar cada vez que tinha uma contracção. No carro também já não tinha posição.

Chegados ao Hospital, ainda tive de esperar algum tempo na sala de espera. Não conseguia estar sentada e andava de um lado para o outro. Lembro-me de olhar para os quadros nas paredes, com fotografias de crianças, e de não acreditar ainda que ele ia nascer. As dores começavam a apertar. Quando fui observada já estava com 2 ou 3 dedos (não me lembro). Mandaram-me para a casa de banho lavar-me, colocar uns mini-clisteres e vestir uma bata verde. Aquilo tudo foi uma tarefa complicada, mas lá me arranjei como pude. Depois fui para o quarto, onde me deitei na cama e me ligaram ao soro e ao CTG.

Foi a partir daqui que as dores aumentaram numa espiral estonteante. A respiração ajudava, mas já não muito. Nessa altura entrou uma enfermeira (acho que era enfermeira, nestes momentos nunca ser distinguir quem é médico e quem é enfermeiro) que me falou calmamente, com uma voz muito suave. Lembrou-me da importância da respiração, e eu acalmei. O pai chegou entretanto para ficar ao meu lado, e ia-me tentando acalmar e fazer rir, mas eu já nem conseguia ouvir o que se passava à minha volta. A dor vira-nos para dentro. A enfermeira tinha-me perguntado se eu queria epidural, e eu tinha respondido que sim, porque achei que ainda estava no início e se já estava com tantas dores era porque não ia suportar quando realmente chegassem as últimas horas. Mal sabia eu que o trabalho de parto já ia a mais de metade. Se soubesse nunca teria pedido a epidural.

Passado alguns momentos que para mim foram uma eternidade lá chegou a anestesista. Eu já estava com dores fortíssimas. O pai teve de sair nessa altura. Eu sabia que não me podia mexer, pois havia o risco de ficar com lesões, e realmente não mexi um músculo quando vinham as contracções, e caramba, se me perguntarem como é que o consegui, não sei, juro-vos que não sei. Soube depois que aquelas eram as últimas contracções antes da expulsão. A uma dada altura a própria anestesista disse que eu já estava com contracções muito fortes, e que não estava a conseguir. Depois lá conseguiram colocar-me o cateter, e só houve tempo de a enfermeira me fazer outro toque e anunciar que o meu bebé ia nascer.

Eu estava completamente zonza. Pior do que a intensidade das dores tinham sido aqueles momentos de imobilidade forçada, como uma autêntica tortura. Levaram-me para a sala de partos, e eu ia ouvindo as vozes: "onde está o marido desta senhora, chamem-no, que o bebé vai nascer! O seu bebé vai nascer!" Ela repetia isto como se eu não a estivesse a ouvir. E se calhar não estava. Estava muito cansada, estava exausta, e não acreditava, parecia um sonho.

Durante três anos achei que tinha levado a epidural em vão, e que não tinha sentido o seu efeito. Quando o Diogo nasceu descobri que não. A epidural chegou a fazer algum efeito, na altura da expulsão. Eu já não sentia nada. Acho que isso contribuiu para aquela sensação de estar a sonhar. Depois, como sou muito miope e não tinha os óculos, só via manchas à minha volta, de maneira que às vezes fechava os olhos, e a enfermeira ou a médica ou quem era ela, passava-se: "Abra os olhos! Ninguém tem um filho de olhos fechados, vá lá! Tem de fazer força agora na contracção! Abra os olhos!"

Eu tinha vontade de rir e queria explicar-lhe o motivo porque fechava os olhos, mas não conseguia falar. E entretanto, no meio daquilo tudo, senti umas mãos a acariciarem-me a cara. Afastaram-me os cabelos dos olhos e fizeram-me umas festinhas na testa. Quando senti aquelas mãos despertei da angústia em que estava. Foi como se elas tivessem um poder mágico. Lembro-me de pensar que era mesmo daquilo que eu estava a precisar, de um contacto humano, de um apoio. Fiquei a sentir aquelas mãos e a pensar de quem poderiam ser, quem é que poderia ter adivinhado que era mesmo aquilo que eu estava a precisar. Abri os olhos e dei com os olhos do meu marido a olhar para mim. Eram as mãos dele.

A partir daí tentei fazer força quando me disseram, mas não conseguia. Talvez fosse do medo, do facto de não sentir as contracções, de não estar preparada para o momento da expulsão, ou tudo isso junto, o que é facto é que não consegui (bem que tentei, bem que fiz força, mas não da maneira correcta). E teve de ser com fórceps. A dor que senti é indiscritível. Parece que nos vamos partir ao meio. Sentimos os ossos a abrir. Mas foi só um segundo. Soltei um grito enorme, mas logo de seguida vi o meu bebé em cima da minha barriga (a tal mancha cor de rosa) e toda a dor passou como por magia.

O momento em que eles saem de nós é indiscritível. Ouvi o seu choro e foi a música mais bonita para os meus ouvidos. Depois levaram-no para o lavarem e fazer aquelas coisas todas, e eu nem o via, porque o pai estava à minha frente, mas não me importei. A enfermeira só dizia: "Oh, podia ter tido um parto eutócito, que pena... mas na preparação não lhe falaram do momento da expulsão?" Eu no meio daqueles nervos todos nem sabia o que raio era um parto eutócito, queria lá saber, o que importava é que ele tinha nascido e estava tudo bem! Depois o pai pegou nele e trouxe-mo, como já descrevi.

Entretanto fui cosida e fui para o recobro. Estava lá uma moça que acabara de parir quase ao mesmo tempo que eu e ficámos um bocado na conversa. Veio um enfermeiro calcar-nos as barrigas e nós já estávamos fartas daquilo, quando é que parava o sofrimento? Mas ele foi tão simpático que nós perdoámos-lhe. Lá vieram os nossos bebés. "O David está cheio de fome", disse a enfermeira que o trazia. Eu estava a comer um iogurte e umas bolachas, que acabei rapidamente, depois puseram-no ao meu lado, ajudaram-me a encaixá-lo no braço e levei-o à mama. Foi automático, começou logo a mamar, e eu fiquei ali a senti-lo e a sentir um fiozinho morno de algo líquido e quentinho a escorrer devagarinho da minha mama. Foi dos momentos mais mágicos da minha vida.

Saímos da sala com ele enroladinho em mim, passámos pelo corredor onde estavam os avós, a tia e o pai, e lá fomos para o quarto. Ele ainda mamou algum tempo, depois adormeceu. Nessa primeira noite não dormi, fiquei a vê-lo dormir, estava tão excitada que não consegui pregar olho. Estava cansadíssima, mas não conseguia dormir. Ele dormiu a noite toda, e depois, quando lhe quis dar de mamar novamente, não foi tão fácil como da primeira vez. A verdade é que ainda sofri um bocado, porque ele às vezes pegava bem, mas outras vezes não conseguia pegar, e era um desespero, às tantas ele chorava com fome e só passado bastante tempo é que conseguia. Mas nunca desisti. E correu tudo bem.

O meu segundo filho nasceu no mesmo hospital, mas num contexto completamente diferente. Aliás, os acontecimentos relativos ao parto dele ainda hoje me provocam um arrepio na espinha. Como acabou por correr tudo bem, eu enterrei o assunto e não falo muito dele. Mas não me esqueci de nada, e muitas vezes recordo tudo com algum pasmo e ansiedade. Contei o que se passou a algumas pessoas, mas poucas, e se calhar o que vou relatar vai ser uma surpresa para muitos. Mas agora, que comecei, vou até ao fim.

As contracções do Diogo começaram à noite, mas não foram aumentando progressivamente, como no David. Aumentavam, depois mantinham-se, às vezes parecia que diminuíam, era assim um pouco incerto. Acabei por ir para o hospital mais ou menos à mesma hora, por volta das 15. Quando fui atendida, devia estar com um ar muito fresco, não sei, o que é certo é que a enfermeira se virou para mim e disse: "Vamos fazer um CTG para ver se está mesmo com contracções". OK, lá fui, e ligaram-me à máquina.

Eu já estava com dores bastante fortes. Mas ainda suportáveis. Passado algum tempo, a mesma enfermeira voltou, olhou para o registo, e saiu-se com esta: "Você não está nada com contracções!" Fiquei danada, mas não disse nada. Claro que estava com contracções, eu já tinha tido um filho! Ela despareceu outra vez, e deixou-me ali. As dores iam aumentando. Às tantas vieram umas enfermeiras para a sala e puseram-se na conversa. E eu ali. Como sou um bocado parva, não lhes disse nada logo, mas pensava para mim, se não se despacham, ainda tenho aqui a criança! Mais uns minutos e lá me decidi a dizer alguma coisa. Vieram logo ter comigo e chamaram a outra. Sim, estava com contracções, sem dúvida nenhuma. Mandaram-me então de volta para a sala de espera.

Para a sala de espera? Mas eu já não me aguentava com dores! Mas eu sou mesmo parva! Em lugar de dar dois gritos, lá fui muito obediente para a sala de espera. Não me aguentava mesmo. Andava de um lado para, e quando tinha uma contracção agarrava-me a uma placa de madeira que havia na parede. Estava tão mal, que passou uma médica que, ao ver-me naquele estado, agarrou em mim e disse: "Mas você tem de ser já atendida, já não consegue estar aqui...", e levou-me lá para dentro, para uma das salas.

Bem. Já estava com 5 dedos de dilatação. Despi-me a custo, cada vez que tinha uma contracção já só me apetecia gritar! Tinha de me agarrar aos ferros de uma das cama. E depois de tudo aquilo... sabem o que é que a dita enfermeira (a primeira que me atendeu, a que dizia que eu não tinha contracções) achou por bem fazer? O questionário de admissão! Sim, estão a ver? Eu sentada (sentada? Nem sei como conseguia! Com 5 dedos!) e ela a perguntar-me: "Como é que se chama? Idade? Estado Civil? O marido é branco? Grupo sanguíneo? Doenças na infância? Partos anteriores?" Etc, etc, etc... Uma lista interminável.

Uma coisa vos digo: nesse dia aprendi uma coisa muito importante sobre mim. É verdade: quando estou com dores, se me disserem assim, olha, lambe ali o chão, eu lambo. Não se riam que eu não estou a brincar. É a pura verdade. Eu sei que é assustador, mas é assim. Eu não consegui reagir porque estava cheia de dores. Eu tinha contracções de minuto a minuto! Claro que não conseguia responder a nada do que ela perguntava! Mas tentava! Só queria que aquilo acabasse depressa, e nem me passava pela cabeça mandá-la à merda, que era o que devia ter feito. Mas na minha cabeça não havia espaço para pensar sobre isso. Só havia espaço para pensar em respirar, dor, aguentar a dor, aliviar, respirar... estão a perceber?

Aquilo pareci uma sessão de tortura. Eu a contorcer-me à frente da criatura e ela ali, impávida, à espera que eu respondesse à porcaria das perguntas! Ainda por cima, entre as contracções eu fazia massagens na barriga (era instintivo) e ela gritava comigo: "Não toque na barriga mãe! Isso aumenta o ritmo das contracções!" Mas eu queria lá saber! Era automático, depois daquela dor as minhas mãos agarravam-se à barriga sem eu querer! E ela berrava outra vez! Parecia um filme! De terror!

Depois de uma eternidade ela lá achou que eu não estava em condicções de responder ao questionário, e resolveu deixar as perguntas que faltavam para depois do bebé nascer. Entretanto veio a outra médica que olhou para o CTG e começou a dizer que havia ali uma desaceleração, que era preciso fazer outro CTG rapidamente. Ela achava que não, que estava tudo bem, mas a outra repetiu a mesma coisa, que havia uma desaceleração, que era preciso ver o que era, e com urgência. E eu a ouvir a conversa... estão a ver? Depois mediu-me a tensão e eu estava com 14 e qualquer coisa de máxima... e ela não acha mais nada para me dizer: "Está é com a tensão um bocadinho alta... Mas vamos já entrar. Mas está com a tensão um bocadinho alta..." Quer dizer, em vez de me acalmar, ainda se põe com aquilo, como se eu lhe soubesse dizer porque é que estava com a tensão alta!

Eu na altura não conseguia pensar. Como já disse as dores ocupavam-me o espaço mental. Mas neste momento assustei-me. Percebi que podia estar alguma coisa a correr mal. No entanto, as dores eram tão fortes que eu não conseguia pensar. Fui pelo meu pé para o quarto (ainda não tinha dado entrada, para todos os efeitos ainda não tinha sido internada, estão a perceber?) Ela levou-me para um quarto. Pelo caminho tive duas contracções que quase me deitaram para o chão. Lembro-me de me agarrar às paredes, às camas, às mesas, sei lá a quê! Depois ainda fui para outro quarto, sempre a pé. Era a sala de partos. Lembro-me de ela me dizer: "Pronto, fica já aqui, na sala de partos," e foi-se embora. Nunca mais a vi.

Subi para a cama, e tive outra contracção que quase me fez gritar. Lá me deitei na cama e reparei que estava sozinha no quarto. Acho que tive mais uma contracção. Eram muito fortes nesta altura. E eu já não conseguia respirar bem, estava nervosa, estava meio assustada, estava quase a descontrolar-me.

Entrou uma enfermeira e fez-me um toque. Eu perguntei se já podia fazer força e ela disse que sim, que o bebé ia nascer. Mas as contracções estavam muito fortes, e eu estava descontrolada. Gritava. Ela era uma bruta daquelas das piores. Pôs- se aos berros comigo: "Vá! Faça força! O seu bebé nasce quando você quiser! Vá!"

Eu não conseguia. A cama estava toda deitada para trás. Eu tinha aprendido que para fazer força tinha de levantar o pescoço e não conseguia. Entrei em desespero. Eu estava ali sozinha com uma brutamontes que não me ia ajudar nada. Passei-me. Mas as dores não me davam espaço para me entregar ao desespero. Ainda lhe gritei: "Mas ajude-me, eu assim não consigo! Levante-me lá isto!" e ela lá me pôs qualquer coisa atrás da cabeça. Entretanto, no intervalo das contracções, ela abria a porta e gritava por alguém que a viesse ajudar. Hoje percebo que ela também devia estar à rasca com a situação, mas caramba!

Isto não durou muito tempo, devem ter sido aí uns cinco, dez minutos. Não tenho a certeza, mas na minha lembrança foram séculos. Sei que às tantas a minha cabeça tomou conta de mim. Percebi que aquilo não ia acabar. As dores eram horríveis, mas não iam acabar, só iam acabar quando ele nascesse. E então lembrei-me das aulas de preparação para o parto. Desta vez tinha praticado a expulsão, sabia o que fazer. Esqueci-me das dores, só pensei no que tinha a fazer. Inspirar ao máximo, inspirar fundo, quando vier a contracção. Depois erguer a cabeça, queixo ao peito, e fazer força, o máximo que conseguir. Foi um clique na minha cabeça, e funcionou. O Diogo nasceu em duas ou três contracções. Eram 17.45.

Ficou em cima da minha barriga e eu nem queria acreditar, mas era verdade. O pesadelo tinha acabado. Com o tempo, as recordações dos momentos bons suplantaram as destes momentos assustadores. Nunca fiz queixa do que se passou, e arrependo-me, mas depois de ele nascer nem tive tempo de pensar nisso, e fui adiando, até que passou demasiado tempo. Não sei o nome da filha da puta daquela enfermeira (perdoem, mas é o único nome que me ocorre chamar-lhe) mas nunca mais me vou esquecer daquela cara.

Mas o péssimo atendimento não acabou aqui. Estive mais de uma hora à espera no recobro, e comecei a refilar que queria que me trouxessem o bebé e por fim lá o trouxeram. Eu ainda estava a comer. Puseram-no quase em cima de mim e disseram-me: "Agora dê-lhe de mamar!". Não me ajudaram nada. Está claro que não foi fácil. Não consegui que ele mamasse nada, só passado para aí uma hora ou duas. Era muito difícil pô-lo a mamar, não conseguia pegar. Às vezes demorava meia hora! Eu desesperava. Várias vezes pedi ajuda, e sabem qual foi a ajuda que me trouxeram? Um biberon! Não lhe dei biberon e à custa de muita persistância ele aprendeu a pegar e mamou até aos 15 meses.

Apesar de tudo, foram os dias mais importantes da minha vida, que eu vou recordar para sempre com um sorriso. E da segunda vez senti o momento da expulsão (da primeira a epidural não o permitiu) e é indiscritível a sensação de um bebé a nascer, a sair de dentro de nós. Não dói quase nada. E quando a enfermeira o pôs em cima da minha barriga fiquei a auscultá-lo em silêncio. Ele estava de costas para mim, mas eu não precisava de vê-lo. Via-o com o meu corpo, com os meus poros. Sentia o calor dele em cima de mim, e desse calor irradiava a vida, a dele e a minha, unidas. Foi um momento mágico, só tenho pena que tenha sido tão curto. As rotinas hospitalares não respeitam de forma nenhuma o tempo do nascimento. Se tivesse outro filho, não sei não, mas ia pensar muito bem nesta questão. E acho que não ia querer ter outro filho a nascer nas condições dos primeiros. Apesar de guardar estes momentos como os mais mágicos e mais intensos da minha vida.

4 comentários:

Alex disse...

Outra parede de vida.
As emoções hoje andaram ao rubro. Diz-me Papu, sentiste o mesmo que eu quando escreveste o texto? Partilhá-lo assim, aos olhos de todos, é uma deliciosa loucura?

Temos tanto medo de falarmos nos nossos sentimentos ...

Estou emocionada ainda.
Não estou no meu estado "normal".
Já nasceram Papu.
O Diogo e a Leonor ...

Não consigo ler o teu texto agora, mas amanhã, pela fresquinha venho lê-lo, arrepiar-me e voltar a chorar como chorei durante a tarde enquanto relia o que escrevi há 5 anos atrás.

Dorme bem ...

Alex disse...

Não te vou dizer nada.
Identifico cada palavra tua, cada momento teu.

E vou daqui com o coração cheio.
Um abraço do tamanho que tu sabes Papu.

!!!

Sara Veiga disse...

Lindo.
Apesar de todas as idiotas que não sabem o poder que têm em momentos tão especiais.

Lindo.

Beijinhos e parabéns.

Alex disse...

Olá

O que andas a fazer?
Sobrou bolo ?
Está com tão bom aspecto ... marchava uma fatia chlep.

Estou com uma dor de cabeça que só me apetece fechar os olhos. Mas não me deixam ...

O postal :-) FINALMENTE.

beijinho