É à noite que as conversas fluem, que os medos assaltam, que as angústias despertam.
Que o riso se multiplica, que a excitação ganha asas.
É à noite que me cresce uma vontade de ficar, quieta, sozinha, comigo, com os meus pensamentos, com as minhas coisas. Assim uma solidão para recarregar baterias, inspirar fundo, e sentir o silêncio.
É à noite que fico encalhada no desejo de me ouvi e de os ouvir. De me multiplicar e de me unir. De me rir e de me zangar. De gritar e de chorar.
Entre o ser mãe e o ser eu. Entre a criança e a mulher. Entre a infância que ainda me visita e que ainda me habita e aquela vontade de me libertar de mim mesma.
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