sexta-feira, abril 20, 2007

Hoje

o mais velho acordou com tosse de cão e alguma pieira. Depois melhorou, mas ficou um bocado mal disposto. Resultado: ficou em casa.

O Diogo agarrou-se ao meu casaco e não me queria largar nem por nada. Saí com o David com aquela sensação revisitada de quando ele ficava sempre a chorar. Verdade se diga que às vezes ainda me brinda com algum choro (é raro, mas ainda acontece). E lá fico eu com aquele aperto no peito, ai, caramba, só quem nunca passou por isso é que não sabe como aperta. Quando já estava a chegar ao portão, ouvi uma voz chamar. Era a educadora, que me vinha dizer que ele já estava a brincar, e que estava bem. É mesmo só aquele momento da despedida que é difícil. Eu já sei disso, e claro que é um alívio sabê-lo, aliás, o David também era assim. Contei-lhe. É engraçado ver como o tempo passa e traz tantas mudanças, e também coisas que se repetem eternamente. A nossa angústia, a das mães, em momentos como este, também é eterna.

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