Mas porque será que o meu coração ainda fica do tamanho de uma uva cada vez que a classe do David tem uma saída? E é que é uma ansiedade tremenda e antecipada, acho que percorro todos os trilhos possíveis dos perigos imaginários. Felizmente a chuva torrencial da véspera abrandou bastante, o que já sossegou um pouco o meu pobre coração encolhido. E lá fiquei a ver o autocarro dobrar a esquina, a tentar descobrir-lhe o vulto no meio das cabecinhas que espreitavam da janela, com aquela velha angústia na boca...
Será que só vai deixar de ser assim quando eles tiverem... para aí uns trinta?
Ou será que nunca vai deixar de ser assim?
(Mas não há melhor consolo para o pobre coração de uma mãe angustiada do que o entusiasmo e a excitação da cria antes do acontecimento, e aquele olhar radioso a contar as aventuras e as coisas preciosas que viu e aprendeu. E aquela sensação fantástica de que é nestes dias que eles crescem mais, que eles realmente esticam a mão e tocam ao de leve o céu do futuro. Do futuro que lhes pertence, e que nós lhes vamos oferecendo, todos os dias, com estes pequenos gestos, com estes pequenos - e grandes - passos).
1 comentário:
Eu também isso tudo!
:)
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