apetece-me o vento. O vento do mar, o vento frio do rio.
O vento do rio a entrar no mar.
Apetece-me o som do vento nos ouvidos.
O cabelo a voar.
E a cabeça vazia de pensamentos. E cheia de vento.
Quem é que se lembrou de atribuir um significado negativo a uma "cabeça de vento?"
Não há melhor sensação do que ter os pensamentos todos varridos pelo vento, de rajada!
Eu nasci em Lisboa. Mas as minhas memórias de tempos livres e de férias são passadas no interior, entre oliveiras, sobreiros, e planícies amarelas e cheias de vento seco, vento quente.
Nunca fui do mar. Sempre vivi em Lisboa, mas longe do rio.
Então porque é que tenho tantas saudades do mar? Porque é que sinto tanta falta do rio? Porque é que sinto esta sede na pele do vento húmido, encharcado?
É lá, no meio do vento, rodeada de água, apenas o rio e o vento, o rio com cheiro a mar e a sal, o rio a entrar no mar e o vento a entrar-me na alma e a deixar-me vazia. Vazia, mas cheia. Cheia de vento, cheia de mar.
3 comentários:
Muito bonito, muito bem sentido, muito bem expressado, mas agora fiquei deprimida para o resto do dia... é que mar e vento também são os meus pontos fracos, ao ponto de nem querer pensar neles para não enlouquecer. Bjs.
Olá Papu
Desafiei-te para escolheres os 10 livros que mudaram a tua vida, vai ao meu blogue e saberás mais... lol
beijoca e tb adoro o Mar, já o vento.....
Muito bonito, Papu:)
O nosso vento...O nosso mar...
Bom Domingo por aí!
Um abraço!
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