domingo, fevereiro 24, 2008

A festa

foi animada.
Um bando de gaiatos dentro do quarto, em frenética actividade.
No fim do dia só se viam papéis no chão e outras coisas menos próprias (gomas pisadas, bocados de chupa-chupa peganhentos, ui!)
Mas a festa não é deles? Aqui há uma mania parva de não deixar as crianças ir para o quarto no dia da festa. Entretêm-se na sala com uns joguinhos, e depois como as festas de anos só duram duas horas (a sério!) não há tempo para grandes coisas.
Mas a festa não é deles? Eu lembro-me das minhas festas de anos, do reboliço em que ficava o meu quarto. Qual é a graça de ter os amigos em casa e não desarrumar o quarto?
Bom, a nossa festa durou duas horas e meia (menos mal). É verdade, lentamente, estamos a imiscuir-nos nos hábitos locais.
Mas pelo menos tiveram direito a desarrumar o quarto!
Também fizemos o jogo do pacote. Então é assim: embrulha-se um chupa-chupa ou outra coisa doce. Depois faz-se outro embrulho por cima e põe-se um saquinho de gomas. Depois outro e um saquinho de smaries. E por aí adiante.
Depois a miudagem senta-se em círculo, e põe-se a música a tocar. Eles vão passando o pacote de mão em mão, e quando a música pára... quem tiver o pactote na mão desembrulha-o e fica com o brinde. E continua-se até o pacote estar todo desembrulhado e acabarem-se os doces.
Muito giro, não é? Pois... também há o jogo da estátua, esse não fizemos.
Cantámos os parabéns em português e em inglês, para admiração dos nativos... e eu parti o bolo, que era a cabeça do Scooby Doo, um bolo daqueles de plástico que eles aqui fazem, e dei uma fatia a cada um. Alguns deles pediram-me para as guardar nos saquinhos... É outro hábito local deveras interessante: pensam que eles perdem tempo a confraternizar enquanto comem o bolo? Que nada! Depois de apagar as velas, o bolo é cortado e cada fatia é posta dentro daqueles saquinhos que eles levam para casa. Como aqui os bolos são todos peganhentos e cheios de creme, eles embrulham aquilo num guardanapo, e depois quando se vai comer está mesmo apetitoso, como podem imaginar...
Eu, por acaso, no fim da festa andei a distribuir fatias de bolo de iogurte (sem creme) pelos sacos, não porque ache graça a isto, mas a ver se consigo que esta gente aprecie um bolinho de jeito... feito por mim, claro está!
A gaiatagem divertiu-se. As mães que vieram também. O Diogo delirou. O pai ficou um bocado esmurrado, coitado (em vez de dois, tinha pelo menos seis ou sete fedelhos em batalha desenfreada!) Eheheh...

2 comentários:

Anónimo disse...

Que bom!!! Imagino a satisfação de um dia de anos tão bem passado! E não é que nunca mais os esquecemos?
Eu, que já fiz tantos, ainda me lembro de muitos em miúda tão bons, tão agradáveis...Beijinhos

Anónimo disse...

Parabéns atrasadíssimos... Cinco anos, que crescido :)
Beijinhos,
PedroR