sexta-feira, junho 05, 2009

Que raiva

Às vezes apetecia-me poder falar e ouvir português. Ir às lojas e dizer bom dia, cumprimentar os amigos e dizer bem, obrigada. Não desatar a gaguejar cada vez que falo ao telefone e conseguir responder à altura quando me tratam com aquela superioridade boçal que muitas criaturas mal formadas reservam para todos os estrangeiros de pele e cabelos escuros. Normalmente são nativas de cabelo oxigenado que julgam que têm o mundo aos seus pés só porque estão atrás de um balcão. Que raiva.

(Tenho inveja daquelas pessoas que conseguem canalizar a raiva para um comportamento exemplar: mantendo a calma e a tranquilidade, conseguir que as palavras sejam certeiras como setas. Não para magoar ou ferir, mas para acertar na mouche).

1 comentário:

ecila disse...

Tambem penso isso muitas vezes...