sexta-feira, julho 23, 2010

Farewell

As miúdas choravam. Abraçavam-se umas às outras. Riam. O David queria vir-se embora. Eu andei a distribuir flores por ele. O Diogo distribui as dele. Algumas professoras  também tinham a lagriminha no olho. As miúdas continuavam a chorar e a rir e a abraçar-se. Os miúdos não choraram. O meu só se queria vir embora. Eu fiquei por ali a despedir-me das mães que não vão voltar, e a olhar para as miúdas que não paravam de rir e chorar ao mesmo tempo. Às tantas duas delas agarraram-se ao David. Ele manteve a compostura. Uma delas abraçou-se a mim. Desejei boa sorte a todas. E elas a rirem e a chorarem. Um dos irmãos, da mesma turma que o Diogo, fazia coro, de cara lavada em lágrimas. O Diogo, muito peremptório, explicava-lhe que não era ele que se ia embora da escola. As miúdas riam e abraçavam-se. Depois, os soluços voltavam.

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