Fuck off

Acabei por não perceber se houve ou não censura do vídeo abaixo, que coloquei no Facebook. Pode ter havido, ou não. O que é certo é que o vídeo desapareceu, tanto da minha página como da de outras pessoas que o tinham partilhado. No entanto, pode ter sido outro o motivo, estranho motivo, diga-se de passagem; contudo estão sempre a acontecer coisas estranhas e sem motivo no Facebook, o que não será surpresa para quem está familiarizado com a coisa. E, para além do mais, não me apetece averiguar. Simplesmente, não me apetece. Até me insurjo com a ideia da censura, mas no segundo a seguir já estou a bocejar de tédio. Consigo entrever títulos bombásticos e provocadores de coisas que poderia escrever - Is Facebook sponsored by Vatican?, assim do género; e de novo se me fecham as pálpebras e penso, quero lá saber. Não me apetece chatear-me com isto - com uma insignificância tão pequena, uma porcaria de um vídeo de um caralhito que não se sabe proteger como deve ser. E agora já estou a gozar com o prato, claro. Se parasse um bocado para pensar e convocasse a indignação - aquela que nos nasce na boca do estômago - perceberia de imediato que não, nada, isto é lá uma coisa pequena! Pequena só na aparência, porque as implicações, as consequências, as extrapolações e as ilações davam para estar para aqui a escrever linhas atrás de linhas até o assunto se esgotar, se é que se esgotava. Mas sabem que mais? Não me apetece. Não me apetece dar importância ao que até teria importância se me apetecesse dar-lha. É este o estado das coisas, esta resignação à comodidade e à facilidade, não sei se estão a ver bem, que é confrangedora, e real. E não, também não me apetece ir por aí.