terça-feira, junho 14, 2011

Sonho

Ultimamente o chão foge-me debaixo dos pés. O mundo parece perder os contornos. O corpo revive uma memória antiga de sofrimento. Deito-me debaixo de um cobertor, enrosco-me e durmo. Nos sonhos, somos sempre aquilo que sentimos. Sonhei com cravos, com flores coloridas, entre outras coisas. Quando acordei comprei uma braçada deles, vermelhos. O sonho espreita-me assim, e observa-me. Aconchega-me no seu regaço e eu deixo-me ficar lá, naquele espaço onde o corpo já não dói.

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