As palavras dela chamavam
o vento, enfureciam os mares e escureciam os céus. Incendiavam as
matas, atiçavam as feras, convocavam os demónios e enfraqueciam os
espíritos. Faziam ferver o sangue nas veias dos incrédulos,
alteravam o ritmo cardíaco dos mais fracos, congestionavam as vias
respiratórias dos asmáticos. Convulsionavam o centro da terra,
provocando tornados e maremotos, derrocadas e terramotos. Acordavam
vulcões adormecidos, e até, quem sabe, podiam detonar cataclismos nucleares. Por isso, fez a única coisa que havia a fazer. Calou-se
para sempre.
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