quarta-feira, setembro 14, 2005

JÁ FOMOS AO MÉDICO

e está tudo bem, como eu supunha. Ela disse mesmo assim: você é que é a mãe, conhece o seu filho, se não está preocupada e se acha que ele está bem é porque ele está bem. Se estivesse preocupada com alguma coisa eu mandava-o ao hospital para fazer exames. Mas se você me diz que não está preocupada, é porque o seu filho está bem. E pronto!

E mais ela disse, welcome to reality, pois parece que por aqui é hábito nos infantários mandarem os miúdos para o médico por coisas de nada. O pessoal que trabalha nas nurseries tem uma formação básica (mas então, que raio de país é este, onde os direitos das crianças são tão importantes e onde há tantos cuidados com as crianças, e depois a formação das pessoas que vão estar com as crianças anda pelas ruas da amargura?) e não quer assumir nenhuma responsabilidade, qualquer coisinha mandam as criancinhas para o médico. As crianças doentes é que precisam de cuidados médicos e de tomar medicamentos, as que estão bem não, dizia ela. Acho que sim. Fiquei a conhecê-la hoje, a Dra. Ba Shah (não tenho a certeza se se escreve assim), é a nossa GP (médica de família) e pelo menos não receita paracetamol por dá cá aquela palha (é quase uma anedota aqui, mas é verídico, já aconteceu a muita gente, quando vai ao GP, ele receitar sempre paracetamol, qualquer que seja a queixa).

Volte para o infantário, e diga que foi com ele ao médico e que está tudo bem. E se lhe perguntarem alguma coisa está aqui o meu cartão com o meu número, eles que me telefonem. E é isso mesmo que eu vou fazer na sexta feira. E se me vierem com merdas mando chamar o manager daquela porcaria e digo que não estou para aturar isto, que pago a minha parte da creche (o College ajuda-me a pagar) e que eles têm de ter pessoal em número suficiente e que faça o seu trabalho e que não me chateiem os cornos! (Isto é a minha raiva agora a falar, porque, infelizmente, não a sei utilizar - à raiva - a meu favor nas alturas certas. Mas posso sempre aprender! Já me adaptei a tantas coisas em tão pouco tempo que esta vai ser mais uma!)

5 comentários:

papu disse...

Olá.
Benvinda.
Está um bocadinho difícil, mas é só um bocadinho. Há coisas também muito boas.
Aparece sempre, que eu também.
:)

Lua disse...

olá, eu percebo que seja difícil tanta adaptação ainda por cima quando nos impõem um monte de regras, mas às vezes é bom aprendermos ou mesmo fazer um esforço para lidar com elas. É dificíl para a instituição chegar ao pé de um pai e dizer-lhe: O seu filho tem que ir ao médico! Mas o facto é que se a criança está com febre é porque talvez esteja a desencadear uma infecção, ou não,e daí é da obrigação da escola informar os papás. Imagine que numa sala com 20 alunos 15 estavam doentes, os outros 5 não têm que estar em contacto com aqueles que estão menos bem...

Pesso desculpa mas só queria dar uma ajudinha de forma a tentar fazê-la entender alguns aspectos que certos papás às vezes só conseguem ver quando a situação se passa com os filhos dos outros...Quando por exemplo levam e filho à escola e reparam que há um que está cheio de tosse e etc.

Até outro dia

Força aí

papu disse...

Lua: não é nada difícil dizer a uma mãe que o filho precisa de ir ao médico, quando ele está com febre! Mais: se está com febre o infantário pode muito bem recusar-se a recebê-lo! E quem diz febre diz qualquer outra situação de doença.

Mas não é esse o caso, como deves ter percebido, se leste o que escrevi com atenção.

Obrigada pela força!

Alex:
:)

Francisca disse...

Ainda bem! :)

papu disse...

Podes intrometer-te à vontade, adorei o teu comentário, e fartei-me de rir nalgumas partes, porque claro que também eu já senti a mesma coisa que tu em muitas coisas! Essa do frio e dos pés descalços ainda me custa a encaixar (eu fico gelada só de olhar!) mas de facto eles não adoecem (ou pelo menos não se nota!).

Beijinhos e aparece sempre! :)