DAVID E DIOGO?

Perguntam às vezes as pessoas, assim um bocado perplexas. Dois D? Não será falta de imaginação? (Esta parte sou eu que adivinho que pensam, não se atrevem a dizer...)

Então lá vai a história:

O Diogo era o melhor amigo do David na Cebe (digo era, não por já não ser um amigo muito especial, mas porque a distância, nestas idades, acaba invariavelmente por criar outro melhor amigo. Mas penso que ele não voltou a ter outro melhor amigo com a mesma intensidade que a da amizade pelo Diogo!)

Era engraçado, porque eles só tinham 3 anos, e o David falava e falava no Diogo. Um dia lá nos encontrámos no parque, as mães e as avós, e lá tivémos tempo para trocar algumas palavras. E então ficámos a saber que com o Diogo acontecia o mesmo: só falava no amigo David. Era mesmo uma amizade recíproca e muito forte.

Quando fiquei grávida do Diogo, até à segunda ecografia, ainda estávamos na esperança da menina. E não pensámos muito em nomes. O mais engraçado era que quando perguntávamos ao David se queria um mano ou uma mana, ele respondia, peremptório: um mano e uma mana! Valha-me Deus, pensava eu na altura.

Mas os ultrasons lá revelaram o mistério: era mais uma pilinha! E o David começou então a responder: Diogo!, sempre que lhe perguntávamos que nome ele gostaria de dar ao mano.

Então e André? E Samuel? (O pai gostava particularmente deste último e eu também). Mas ele dizia sempre: "Não! Quero Diogo! Diogo! Diogo!" E dizia aquilo com tanto sentimento e convicção que nós acabámos por lhe fazer a vontade. É claro que também gostávamos do nome, mas por nós nunca o teríamos escolhido, se não fosse a insistência do nosso filhote!

E pronto! Ficou Diogo! E o David todo orgulhoso, claro. E o amigo Diogo também.