Estou para aqui quase a dormir em pé, porque passei a noite quase em claro. Má disposição do mais novo, vómitos, de manhã alguma febre e dores de barriga. Ele estava bem disposto, e não parecia nada de grave, mas a febre alta (que chegou aos 39) e as dores de barriga, apesar de não serem muito fortes, não me deixaram descansada. De modo que lá fomos para a urgência (já perdi a conta às vezes em que fui àquela urgência com ele...). Felizmente, estava pouca gente e não esperámos muito. E felizmente, também, não é mesmo nada de mais, só uma ligeira gastroentrite.
Enquanto estava na sala de espera, onde havia uma televisão ligada, acabei por assistir às últimas notícias do caso da menina inglesa sequestrada aí em Portugal. E o meu pasmo continua o mesmo: como é que é possível deixarem-se crianças desta idade sozinhas a dormir. É que os riscos são inúmeros, e o menor deles, julgo eu, é o que acabou por acontecer. Antes do rapto põem-se inúmeras hipóteses de desastres, mais ou menos graves, que podem acontecer. Como é que há pais que o fazem, não consigo entender. É claro que estou completamente solidária com a dor deles, caramba, isso nem se põe. E, não me venham com merdas, mas a polícia portuguesa está a fazer um excelente trabalho.
Estas coisas aqui são o pão nosso de cada dia, acreditem, por mais incrédulos que fiquem: crianças deixadas sozinhas em casa, crianças sozinhas a brincar na rua, completamente entregues a si próprias. Crianças de quatro, de três, às vezes de dois anos. Acreditem. E não são só os estrangeiros que o fazem, não.
1 comentário:
espero que estejas melhor ...
ironicamente, vinha desejar-te um bom dia da mãe mas ... li o post, fiquei num aperto
um sufoco
doi, imaginar, a perda de um filho,
vou-me embora, dou-te um beijo mais tarde, mais logo,
fogo Papu, não é justo.
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