quarta-feira, novembro 12, 2008

Academic review day

Eu às vezes já nem digo nada, que é para não me chamarem babada... Mas como até é isso mesmo que eu sou - uma mãe a escorrer baba - então vamos lá.
É muito bom, pois é, ouvir tantos elogios. Sobre a maneira como aprende, como está motivado, como se comporta - sempre cinco estrelas - o modo como se dedica ao trabalho. Como continua um ás na matemática, e também - novidade! - como escreve bem. Estive a ler por alto uma estória escrita por ele, que, segundo as professoras - são duas - é muito agradável de se ler. É interessante notar como ele aproveita ideias de estórias que leu - nesta, particularmente, notam-se influências do Harry Potter -, e como lhes dá depois um cunho pessoal, enquadrando-as em contextos diferentes criados pela sua imaginação. Outro pormenor: escreve com humor, o que é um sinal muito positivo, conseguir fazê-lo utilizando uma segunda língua.
É claro que a mãe, que com a idade dele também já escrevia estórias, pois claro, ficou toda orgulhosa de ouvir isto.
Quanto ao mais novo, não me canso de dizê-lo, é fantástica a forma como as crianças aprendem a ler. Com entusiasmo, com gosto, com prazer. Neste estádio, eles começam a ler palavras simples e a reconhecer sons - identificar os sons nas palavras escritas. Começam a ter já um conjunto de palavras conhecidas - ou familiares - que sabem escrever correctamente. Depois há crianças que já lêem com mais fluência que outras - mas cada um vai ao seu ritmo. O Diogo ainda não lê com muita confiança, mas está a dar os passos nesse sentido. Relativamente aos números, nesta fase, eles começam a aprender cada vez mais sequências maiores de números, e a observar padrões na famosa tabela da centena (the hundred square). Já fazem operações (somas e subtracções) simples.
O Diogo é um perfeccionista - eu já reparei nisso. Na maioria das vezes não quer ler, prefere que eu lhe leia - e isto porque fica muito frustrado por não conseguir ler com segurança. Não gosta nada, nada de errar. Prefere que lhe digam como se faz do que tentar por ele. Mas também está a dar os passos necessários no sentido de ganhar mais confiança e poder arriscar sem medo - arriscar a errar. Ninguém gosta de errar, acho. Mas o erro é uma ferramenta tão fundamental na aprendizagem, que é de louvar que a escola a encare precisamente desse modo, e que estimule nas crianças a segurança necessária para que possam correr esse risco com confiança.
Também é muito bem comportado, consegue estar em silêncio e atento nas alturas em que é preciso ouvir. Tão bem comportados, os dois, que eu às vezes pergunto-me se não podiam portar-se um bocadinho - assim só mesmo um bocadinho - mal, e em casa compensar para o outro lado.
Pois, pois. Cala-te, boca.

4 comentários:

Anónimo disse...

A uma mãe babada junta-se uma avó babadissima. Nem podia ser de outra maneira depois de ler isto sobre os meus queridos meninos de quem as saudades já não se sentem, já doem...Já alguma vez as sentiram assim, nem queiram, digo-vos eu. Beijinhos aos meus queridos

Edelweiss disse...

Quando estamos fora, o sucesso dos nossos filhos na escola é ainda mais importante: é sinal que estão adaptados e podemos assim afastar um pouco os fantasmas dos nossos remorsos, das nossas dúvidas sobre a vida e o futuro deles. Bjs.

CLS disse...

A Camila é como o Diogo, não gosta de fazer as coisas mal e então prefere não fazer por ela, é preciso uma paciência!
Que bom que os teus rapazes se estão a adaptar tão bem, imagino o quanto isso te sossega. Um beijinho.

Sofia Ruivo disse...

Que Bom!

Fico tão contente por saber essas coisas... e sê babada... babadissima... eles merecem!

E... têm a quem sair com isso da escrita!!!

beijinhos