Mas já me estou a perder, e nem estou dentro de água. Também detesto aquelas pessoas que nadam atabalhoadamente, não cumprem as regras de circulação (muitas vezes vão em sentido contrário só para nos ultrapassarem) e, como se isso não bastasse, devem tornar-se insensíveis ao toque debaixo de água, porque vêm para cima de nós. Se querem sprintar vão para a outra pista, caraças! Também devia ser proibido salpicar quem vai em sentido contrário.
Ora hoje, estava eu calmamente a nadar, e andava este gajo a fazer piscinas de costas, os braços em vez de irem para o alto iam para o lado, a salpicar tudo e todos à sua volta. Passei duas vezes por ele e quase que levei com um braço em cima da cabeça. Às tantas, sinto atrás de mim umas batidas na água, e apercebo-me que a cavalgadura está com a cabeça à altura dos meus pés. Paro, mesmo a tempo de não levar com o trambolho em cima de mim, e ainda sinto o braço dele a roçar-me a pele, enquanto tenho de desviar a cara por causa dos salpicos. Nem sequer parou quando se apercebeu que chocava comigo, e nem sequer pediu desculpas. Fiquei fula. O gajo ainda por cima nadava mal, e lia-se na cara que não estava à vontade dentro de água. Senti ganas de o afogar. O que vale é que, dentro de água, estes instintos assassinos acabaram por dissolver-se no meio do azul e do cheiro do cloro.
2 comentários:
ah ah, percebo perfeitamente a tua furia. Tambem ja levei com bracos e pernas em cima, e acho que nem se aperceberam... falta de sensibilidade e respeito pelos outros esta muito espalhada nos dias que correm, infelizmente.
Gostei muito de "segredos e condimentos". Por que não há espaço para comentários por lá?
Beijos pra você, minha amiga portuguesa. Sempre boas nossas trocas!
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