segunda-feira, novembro 23, 2009

Chuva, vento, partidas e chegadas

Os meses, os dias, os anos, tudo se vai repetindo indefinidamente. A casa é muito mais silenciosa só com um filho. Acho que já escrevi isto antes. Também já senti esta mistura de ansiedade e espanto pela constatação da passagem do tempo. Aquele limiar onde os filhos deixam de ser nossos, ou apenas nossos. De manhã a chuva não ajudou à despedida, mas o meu sorriso era sincero. Ao meu lado estava o mais novo, de olhos franzidos e cara de sono, que se levantou heroicamente uma hora mais cedo porque fez questão de levar o irmão à escola. Ficámos ali a acenar à chuva, nós e mais umas quantas almas, outros pais e mães e irmãos, enquanto o autocarro punha o motor a trabalhar e se afastava até à curva. A chuva não abrandou mas o meu coração serenou.

Já me esquecia, esta semana mudamos. Finalmente.

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