Uma vez assisti na televisão ao caso de uma velha que não conseguia entrar em casa porque havia sacos cheios de tralha até ao tecto. A porta da rua só abria uma nesguinha e lá se viam os sacos a abarrotar de coisas inimagináveis. Fartei-me de rir e ainda me rio cada vez que me lembro das imagens, e acho que é um riso assim a atirar para o nervoso miudinho. Eu às vezes já não consigo arranjar espaço dentro do frigorífico e depois descubro lá caixas com comida já a cheirar mal ou então legumes quase podres. Isto era mais dantes que ultimamente tenho feito umas poucas de revoluções dentro desta cabecinha. Agora só me falta converter o resto da família a esta compulsão do lixo com ele!
Eu tenho a mania de guardar, pois, e o meu ponto fraco são as coisas que os meus filhos me dão. Ando com os bolsos dos casacos e a mala cheia de pedrinhas e de papéis muito dobradinhos com desenhos do Diogo e alguns recados a dizer I love you e outras coisas do género. Mas as outras coisas já me deixei disso. Para que é que a gente quer carradas de extratos bancários e contas de há três anos atrás? Lixo com ele! A minha amiga diz que guardar contas velhas é muito mau para as nossas finanças porque afasta o dinheiro, e eu acho que isso é uma grande treta mas já agora lixo com ele!, que bem estamos a precisar de uns dinheiritos.
Sem comentários:
Enviar um comentário