terça-feira, abril 27, 2010

Silêncio

Poder fechar os dedos, e esmagá-la. A vida.
A noção do meu poder. Um poder frágil, quase a quebrar-se. A vergar-se ao vento.
Um pequeno galho de árvore.
Apenas um milímetro.
Os dedos de uma criança, de um bebé. De um feto, sem forma definida.
Sem intenção gestual.
E tu, gigante, cabes-me entre os dedos. Posso esmagar-te.
O poder que me deste, minúsculo e imenso.
Poder esmagar-te, e escolher não o fazer.
Escolher o silêncio.
O silêncio, que foi a única porta de saída.
Agora uma escolha.

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