quinta-feira, setembro 29, 2011

Poesia (5)


(imagem retirada da net)


As palavras que dizes são mentirosas
Tão generosas, as palavras que calas
Aflitas, as palavras que gritas
Mudas, as palavras que ocultas

As palavras com que encantas são falsas esperanças
As palavras que murmuras são cristal
As palavras que não ousas, tímidas, envergonhadas
As palavras que resgatas, cúmplices, culpadas

As palavras que disparas são balas certeiras
Palavras verdadeiras
As palavras que incendeias são desespero
As palavras que choras são paixão

Palavras com que atas e desatas os nós furiosos da razão
Palavras com que auscultas o coração
Palavras com que corres fugindo de ti mesmo
Palavras com que mordes o medo

Nuas, as palavras com que morres

6 comentários:

Isabel Metello disse...

E mais uma vez digo :) gostei

Posso acrescentar?
E nesse medo tens razão, pois as palavras não te saem da mente, mas do Coração, logo a mentira é pura ilusão pela qual se ser passar por herói o vendilhão (esta é mais popularucha...:) abraço

Isabel Metello disse...

errata :9 se quer

Isabel Metello disse...

e ao nua morreres pelas palavras não pensadas, mas sentidas, renasces para outras sonhadas, mas tão longínquas vidas...

Isabel Metello disse...

mortos são os que as não ouvem com razão, mas as degradam pela sua própria ética corrupção...

papu disse...

obrigada :) as palavras multiplicam-se

Lelena Lucas disse...

E então, minha "amiga de além mares", seu escrito me fez lembrar de um meu de uns tempos atrás.
http://lelenalucas.blogspot.com/2007/10/pequeno-tratado-sobre-pessoa-e-palavra.html
Beijos