segunda-feira, outubro 10, 2005

MANHÃS E TARDES DE SOL

Hoje está uma manhã de sol radioso e com um céu que nos invade o olhar de azul, sem uma pinga da espuma das nuvens. Uma manhã luminosa, a relva acordou molhada da chuva nocturna misturada com a geada que se liquefez na carícia do sol. O ar está frio, apertámos os casacos até acima, os três, e lá fomos nós a caminho da escola.

Todas as manhãs os pais podem ficar um bocadinho na sala com os meninos, enquanto lêem um livro. É engraçado ver os pais sentados lado a lado com as crianças, naquelas cadeiras pequeninas, como se fossem, eles e os filhos, companheiros de carteira. Os irmãos mais pequeninos às vezes também lá estão, sentados nos joelhos dos pais ou numa cadeirinha, muito compenetrados ao lado dos manos. O Diogo hoje fazia parte desse grupo.

Primeiro ficámos a ver a estória que o David fez no computador. Pois é, o meu rapaz fez uma estória com imagens e pequenas frases no computador, que está demais! É sobre um urso que vai ao parque, depois às compras, depois vai passear de barco, chega a uma ilha... e por aí fora. Cada frase tem uma imagem desenhada por ele que, carregando num botão, tem uma animação com movimento e som. E o gaiato mexe naquela coisa com uma destreza que me deixa de boca aberta! Mas isso já não é surpresa para mim, cá em casa é a mesma coisa.

Depois lá ficámos a ler um livro, o David a ler e a cantar e o Diogo com outro livro à frente (o bebé tamém qué!) e vai apontando as palavras e vai dizendo coisas como se estivesse mesmo a ler! É demais! E depois quando tivémos de vir embora, ficou muito triste (o bebé quia acabá di lê!) mas lá o convenci de que agora temos de ir, porque a aula do mano vai começar!

De regresso, ainda ficámos a gozar o sol sentados num banco, a ver uns meninos a fazerem ginástica na relva (o bebé qué il lá bincá com êlis!). Quando descíamos a escadaria, ainda nos cruzámos com um esquilo (olha ali um esquilo, vamos mais devagar para não o assustar... Olha, já nos viu... Foi-se embora... Está ali, vês o rabo dele?) e uma raposa, que olhou para nós e fugiu assustada! (Puqué que êlis fogem?)

Mas o que me faz babar mesmo são as tardes no parque ao lado da escola, quando o tempo o permite, e ver o David a brincar à apanhada com os amigos. Eles correm, saltam para cima dos escorregas, fogem uns dos outros, gritam, riem, sobem, descem, é uma animação! E ele lá está, no meio deles, ora a fugir ora a apanhar, a falar e a rir e a divertir-se, com as faces vermelhas e um sorriso na cara e o coração aos pulos! E o meu também fica a pulsar, inchado de emoção.

1 comentário:

papu disse...

As tuas palavras também são muito importantes.
:)))
Beijinhos