domingo, junho 15, 2008

A minha roseira

está, finalmente, a florir. São flores tímidas, pequenos botõezinhos perdidos no meio de folhinhas minúsculas, encurvadas, como se não soubessem que direcção tomar. Ou para que lado crescer. Ou, talvez, em que sombra se abrigar. Eu rego-a com a obstinação de um ritual sagrado, e há muito que lhe depositei o meu destino nas mãos. Ou nas raízes, melhor dizendo. Na seiva?, pergunta o meu coração inquieto.

Sim, sou supersticiosa. Não é apenas uma roseira que está a florir, mas uma vida inteira.
Uma vida que, desconfio, já não me pertence.

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