segunda-feira, setembro 26, 2011

Poesia (2)


(imagem retirada da net)


Quando o silêncio chegar
eu serei apenas pássaro inquieto
eternamente no rasto do teu voo.

Quando a mudez tomar conta de mim
eu serei apenas um corpo quieto
esquecido das maré-cheias
do mar revolto nas veias.

Quando o gelo invadir a minha pele
eu serei apenas fumo branco
ao longe no horizonte
e adivinharás casas, pessoas, vida
adivinharás calor na planície árida e fria
adivinharás cinzas adivinharás morte
e guiarás os passos até ao norte
de mim
para me resgatares deste silêncio
sem rosto nem fim.

1 comentário:

Isabel Metello disse...

Far, Far Away, repito o comentário anterior :) brilhante- merece uma publicação! abraço!