A mulher não era supersticiosa nem acreditava em Deus, por isso não rezou, não acendeu velas nem fez promessas desnecessárias, não lançou os búzios nem convocou os orixás. Limitou-se a imaginar. Sonhar um pouco. O bom que era se. Poder sentir-se finalmente reconhecida, apreciada, valorizada. E depois pensou que esse é o problema. Não (re)conhece o seu valor. Ainda. Está a aprender. Devagarinho.
Há coisas que, ou se aprendem na altura certa, ou depois torna-se muito difícil. Como os burros velhos e as línguas.
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