You Were a Lynx |
You are a great knower and keeper of secrets. A bit psychic, you can bring out hidden truths. |
terça-feira, janeiro 31, 2006
UAUUU!!!
segunda-feira, janeiro 30, 2006
domingo, janeiro 29, 2006
Ó SÃO PEDRO
Atão está a NEVAR na minha terra, em Alcochete, em Estremoz, e nós aqui com um frio de rachar pedras mas com um céu descaradamente azul e um sol de fazer inveja aos Algarvios?
Atão aqui não é suposto ser a terra do nevoeiro, das nuvens, onde é que estão elas, AS NUVENS??? E A NEVE???
Pois, emigraram... e logo para Portugal!
Ele há coisas!
sábado, janeiro 28, 2006
AINDA NÃO ESTAMOS TODOS MALUCOS...
- David, deixa o teu irmão jogar...
- Eu deixo quando morrer!
- o bebé qué jogáli!
- David, já estás a jogar há muito tempo!
- Mas eu daqui a pouco já morro e depois deixo-o!
- Olha, se daqui a 5 minutos ainda não tiveres morrido, deixas o Diogo jogar!
...
- Cuidado, está ali um mau! Tens de matá-lo!
- Não, tu matas ele.
- Quando o bebé morrer é a minha vez de jogar!
sexta-feira, janeiro 27, 2006
:(
Mais duas semanas, e depois logo se vê.
O rx tirado hoje ainda não revelou a consolidação necessária para tirar o gesso. Em princípio, daqui a duas semanas será possível, mas já percebi que o melhor é não criar grandes expectativas.
Tinhamos preparado tudo: os sapatinhos dele dentro de um saco, para o caso de ele já poder andar um bocadinho. Há duas semanas que andávamos a contar os dias, e ele perguntava sempre: "e já pode andál?", ao que eu respondia que não sabia, que o senhor doutor é que ia dizer.
Agora já não lhe digo nada!
Bolas, parece que dói mais em mim do que nele! (Ele tem sido um anjo! E está para ali sentado no sofá, todo contente, a ver o Ruca enquanto pinta um livro e canta: "a mãe e o pai tão cá pá ajudal... ruca... xou o ruca... xou EU!)
Sim, acho que está a doer mais em mim...
quinta-feira, janeiro 26, 2006
quarta-feira, janeiro 25, 2006
O QUERER E O DESEJO
Tenho cá em casa um "monstrinho do querer": o bebé quer... o bebé quer... o bebé quer! É o querer imediato de que falas, sem concessões nem espaço para o desejo. Para desejarmos alguma coisa, temos de primeiro sonhar com ela: e para sonhá-la precisamos de simbolizá-la, pensá-la quando ela não está lá. O desejo pressupõe a antecipação de um prazer, um prazer que se adivinha, se vislumbra, se visita em sonhos.
No mais velho já se pressente, a espaços, o olhar ausente do desejo: claro que também faz coro com o irmão na infinidade de quereres, mas já fica a sonhar, a imaginar a coisa, na antecipação do gozo. Já constrói e habita castelos no ar, já consegue viver noutra dimensão (transcender o querer).
O choro dos bebés é um grito de quereres: carinho, aconchego, miminhos, leite, colo, sorrisos, caras, olhares... são quereres imperativos, imprescindíveis e inadiáveis: ele precisa disso tudo (e muito mais) para sobreviver.
À medida que crescemos, e que vamos desenvolvendo a capacidade de imaginar, de fantasiar, vamos-nos tornando cada vez menos escravos do querer, cada vez mais donos e senhores dos nossos impulsos e desejos, vamos conseguindo adiá-los, controlá-los, e muito mais importante, aprendemos a tirar prazer desse adiamento (é o prazer de realizar algo que foi muito desejado, e durante algum tempo). Esta capacidade só se adquire quando se consegue viver a frustração, lidar com a raiva e a zanga que ela acarreta, em suma, ser capaz de sublimar o querer em desejo (realizá-lo na fantasia).
O querer é, assim, tudo aquilo que disseste, e também o espaço emocional de um percurso essencial à nossa vivência enquanto seres humanos: é uma etapa fundamental da vida, sem a qual desejar e crescer seriam impossíveis.
E PORQUE HOJE É QUARTA...
Esta autora é uma ilusionista da escrita. Consegue envolver-nos, hipnotizar-nos numa espiral deslumbrante de mistério e suspense, transportar-nos para dentro dos quadros e cenários que retrata com incrível beleza; consegue iludir-nos num jogo de espelhos que se vai multifacetando em cambiantes coloridos, como a luz ao incidir na magia do prisma óptico. E consegue sempre surpreender-nos com um desfecho inesperado, com a perícia e a sensibilidade de uma escrita onde se reúnem de forma incomparável a expressividade, o rigor descritivo, o fascínio e a magia.
Este último, "Xeque ao Rei", é um exemplo perfeito da qualidade desta escritora, que domina como ninguém a técnica de mudança de narrador ao longo da estória. O narrador, sempre na primeira pessoa, veste a pele de diferentes personagens que se nos apresentam profundamente marcadas pelo seu passado, mergulhadas em mistério, reais na sua complexidade e humanidade.
Mas todos os livros dela são muito bons, de igual densidade, profundidade, mistério e sedução. São livros que simplesmente não conseguimos parar de ler!
Aqui fica a lista:
- Chocolate
- Vinho Mágico
- Cinco Quartos de Laranja
- A Praia Roubada
- Na Corda Bamba
- Danças e Contradanças
- Valete de Copas e Dama de Espadas
- Xeque ao Rei
terça-feira, janeiro 24, 2006
"SÓ SEI QUE NADA SEI"
ON THE WRONG WAY
A escola do David resolveu iniciar os miúdos nas artes da jardinagem... E então convidou as crianças a plantarem uma flor, a regá-la e a cuidar dela até à primavera. Cada criança é responsável por uma planta (na escola ou em casa) e quando chegar a primavera, as flores serão expostas no hall principal da escola, e cada aluno receberá um prémio simbólico por ter cuidado tão bem da sua preciosidade.
Por 50 pence comprámos uma semente da dita planta, e semeámo-la num vaso. Bom, devo confessar que eu e as plantas não nos damos lá muito bem. Eu até gosto delas, bastante, elas é que não devem ir por aí além à bola comigo... Ou lhes ponho água a mais, ou água a menos, o que é certo é que elas acabam sempre por morrer nas minhas mãos. "Keep it damp, it will grow easily", foi o conselho que a amável senhora que me vendeu o bolbo me deu. E é o que temos feito. Keep it damp.
No princípio, quase todos os dias espreitava ansiosa para o vaso... e nada. Terra e mais terra. Sempre a mesma terra. Até que um dia surgiu uma coisinha verde. Yuuupppiiii!!! Continuámos a regá-la, e ela a crescer (assim uma hastezinha verde...) até que começou a ficar... amarela. Secou. Mas a terra está húmida, bolas! Será água a mais?!
Pelo sim, pelo não, passámos a regar mais esporadicamente. E um dia olhei para aquilo e pensei, meu Deus, a planta vai morrer de sede! (Estava cada vez mais encarquilhada, a hastezinha). Voltar a regar. Keep it damp. E agora começou outro rebentozinho verde a espreitar. Então temos: dois rebentos, um assim meio ressequido, outro mais pequenito, mas verdinho... Acho que podemos ter esperança (se bem que não falte muito para a primavera, e aquilo seja suposto já estar em flor nessa altura (!). Bom, mas não desesperemos. Um passo de cada vez).
Mas o David não se convence. Todos os dias vai espreitar a sua plantinha, e todos os dias diz a mesma coisa: mas ó mãe, e se isto são as raízes? Se calhar são as raízes, ela está a crescer ao contrário, porque pusémos a semente mal, in a wrong way! E perante o meu riso, ele pergunta: então, não pode acontecer, aquilo estar assim virado para baixo a crescer ao contrário, anh???
E todos os dias o rapaz insiste que o que está a crescer... só podem ser as raízes!
segunda-feira, janeiro 23, 2006
"MANDE URGENTEMENTE ALGUM CHEIRINHO DE ALECRIM!"
A eleição de Cavaco Silva, hoje, em Portugal, é o reverso, o avesso desse acontecimento no país irmão.
E lembrei-me da música belíssima de Chico Buarque, ao felicitar este nosso país em Abril de 1974. A data que marcou o fim da ditadura, o fim da censura, o fim de uma longa noite de repressão que parecia não acabar:
tanto mar, tanto mar
sei também quanto é preciso, pá
navegar, navegar.
Eu também queria, muito, estar na tua festa, pá.
Infelizmente, pá, sofres de memória curta, e não tens qualquer auto-estima nacional.
Já murcharam tua festa, pá, e só espero, como diz o Chico, que tenha ficado alguma semente nalgum canto de jardim...
domingo, janeiro 22, 2006
E AGORA
E o outro está a subir...
Será que há alguma esperança?
Ai, a fééééééé...
Mas não acredito. Sinceramente, não acredito.
VÁ LÁ PORTUGUESES
Olhem para trás, olhem para o passado (não são precisos muitos anos) e vejam, com olhos de ver, quem é que nos enfiou neste buraco...
Olhem para vocês, ó cidadãos e cidadãs anónimos... é nas vossas mãos que está o Futuro do País! ARRE!
sábado, janeiro 21, 2006
HÁ LÁ COISA MELHOR
"Anami nami namax
Anami nami namax
Anani nani nanima
nani nani nanima
xiliú dêdi xiliú dêdi
Anami namax
Xanamax!"
(versão D&D dos "Animaniacs")
PS - Depois de devidamente consultadas as fontes, verifico que houve uma gafe da minha parte: não é Anima Maniacs, mas sim Animaniacs. E a música começa assim: "It's time for animaniacs (...)"
Pedimos desculpa pelo engano, a emissão segue dentro de momentos.
sexta-feira, janeiro 20, 2006
O DAVID
Faço-o dizer o nome das pessoas que conhecemos aqui.
Pergunto se ele percebeu o que eu quero dizer.
Ele acena com a cabeça, e depois sai-se com esta:
- Mesmo que essa pessoa tenha uma fotografia tua, não é?
- Uma fotografia?
Fico espantada com a pergunta. Mas logo a lógica dele me esclarece:
- Sim, pode haver pessoas más que andem com máquinas fotográficas escondidas nos casacos para depois tirarem fotografias aos meninos e às mães e aos pais e depois assim já podem dizer que nos conhecem. Mas não conhecem nada!
(Mas onde raio é que ele foi buscar isto?)
- Isso foi a professora que falou convosco, foi?
- Não! Fui eu que pensei aqui na minha cabeça!
(Nem sabia bem o que lhe dizer, tal o meu espanto)
- Sim, filho, tens toda a razão. Mesmo que essa pessoa tenha uma fotografia minha, ou tua, ou do Diogo, ou do pai, se não a conheceres é porque está a enganar-te, e dizes logo à professora. Ou então pedes ajuda! Gritas, esperneias, foges!
(Mais tarde, ainda a pensar nisto, fez-se alguma luz na minha cabeça. O blogue. A internet. As fotografias. Mais uma vez tive a consciência de que corremos sérios riscos ao expormo-nos desta forma, para pessoas que não fazemos a mínima ideia de quem são. E, mais uma vez, foram eles - o meu filho - a darem-me esta lição. Sim, eles ensinam-nos muito, e superam-nos, e estão sempre um passo à nossa frente.
Felizmente que imagens deles já não há aqui. Mas não me posso esquecer que já houve.)
quinta-feira, janeiro 19, 2006
PREVENIR É PRECISO!!!
Mas este pequeno contratempo teve o seu lado positivo: serviu para verificar a eficiência do procedimento em caso de emergência. Meus senhores, a escola foi completamente evacuada em 2 MINUTOS E MEIO! Em 2 minutos e meio todo o pessoal e todas as crianças estavam reunidas nos principais "muster points" (a escola tem crianças desde a nursery - 3 anos - até ao 6º ano - 11, 12 anos. Não sei ao certo o número de alunos, mas poucos não são!). Os bombeiros chegaram em 3 minutos e meio. Toda a gente manteve a calma, pois todos já estão mais que familiarizados com o procedimento a tomar em caso de incêndio. Aqui os simulacros acontecem amiúde em edifícios públicos, como já tive ocasião de referir. Em todas as escolas (mesmo no College que frequento), logo nas primeiras aulas, os estudantes são informados sobre o que fazer em caso de incêndio. Os edifícios têm saídas de emergência devidamente assinaladas e separadas dos locais de passagem habituais, quando tal é possível. No espaço exterior existem os "assembly or muster points", também devidamente assinalados, que são os locais onde as pessoas se devem reunir e aguardar a chegada dos bombeiros.
À tarde, todos os alunos tinham uma folha informativa na mala, escrita pelo Headteacher, relatando o que acontecera. Ele referiu, entre outras coisas, a calma e a tranquildade que as crianças e todos os membros do staff mantiveram. E, tenho a certeza, os pais de todas as crianças sentem o mesmo: que os seus filhos estarão em segurança, no caso de incêndio real. O que dá uma sensação de alívio tremenda, garanto-vos. Uma sensação que nunca conheci aí, em Portugal.
quarta-feira, janeiro 18, 2006
UM LIVRO À QUARTA
Então lá vai o primeiro (para ler com sotaque brasileiro):
Caetano Veloso, Verdade Tropical
Esse livro me fascinou. Para além de ser um documento histórico sobre o Brasil e a música brasileira importantíssimo, é um testemunho terno e extremamente rico de uma alma simples e humilde sobre sua vida e a forma inigualável com que nos encantou (e sempre encantará) com sua música. Um livro que nos revela que os grandes Homens (e as grandes Mulheres) não precisam da luz exibicionista do estrelato para brilharem: eles e elas possuem brilho próprio, como os astros celestes, e é essa luz que empresta mais beleza ao mundo.
Ao longo do livro, várias vezes nos deparamos com desabafos sinceros deste grande compositor, sobre a dúvida da qualidade da sua música, comparando-se com outros (grandes também, é certo) sempre se colocando numa posição inferior. O que, no fundo, apenas reforça a inquestionável qualidade da sua obra: é esta atitude perante a vida, de verdadeira humildade, sempre crítica e tentando melhorar, que faz dele o artista que é. Só quem sempre procura superar-se e melhorar de dia para dia cresce verdadeiramente, em todos os sentidos.
Não sei já onde li algo como isto: que as músicas do Caetano são intemporais, parecem existir desde sempre, fazer parte da beleza natural do mundo a partir do momento em que ele transforma essa beleza em algo inteligível para nossos ouvidos. Concordo inteiramente, a música que ele nos oferece nasce da sua alma e da sua voz e rapidamente se espalha pelo mundo com a magia do vento, que a semeia em beleza e luz.
segunda-feira, janeiro 16, 2006
O NOSSO MENINO
Sexta feira fomos ao Hospital e o médico disse que daí a 15 dias já vai tirar o gesso, e vai por outro, mais pequeno, apenas na zona da fractura.
É claro que estas notícias nos deixaram animados, como devem calcular! Mas eu, cá no fundo, não pude esconder uma certa apreensão. É que ainda só passou um terço do tempo em que ele vai ter de ficar imobilizado! (Por imobilizado entenda-se: sentado no sofá, sem se poder levantar nem andar. Porque mexer-se, mexe-se ele, e bem: quando dorme já dá voltas completas na cama e quando está sentado no sofá está sempre a mexer as pernas e os braços - também consegue levantar bem a perna engessada, sim. Está em constante actividade!)
Esta é de facto, neste momento, a parte mais difícil. As dores já passaram, o pior já passou, mas para uma criança não se poder mexer é extremamente complicado. E mesmo assim, aguenta-se ele muito bem! Fica rabujento, chateado, frustrado, mas não faz grande aparato.
E eu estou a contar os dias... para o ver outra vez a andar pela casa.
(E aos saltos, aos saltos, meu Deus, como é que vai ser?)
domingo, janeiro 15, 2006
18 MORTOS
Se tivesse ocorrido em qualquer país do Mundo Ocidental, este ataque teria sido notícia de primeira página dos jornais, tido destaque em reportagem especial em todos os canais de televisão mundiais de maior audiência, teriam sido enviados repórteres especiais ao local para entrevistarem os familiares das vítimas e fazer a cobertura noticiosa no terreno, os primeiro-ministros e os presidentes da república dos principais países mundiais teriam manifestado a sua condolência e pesar pelo acontecimento e a sua solidariedade para com os familiares das vítimas, uma onda de indignação percorreria o mundo e a mente de todas as pessoas de bem e provavelmente andaríamos a fazer posts e comentários nos nossos blogues sobre tal atrocidade.
Como foram apenas umas dúzias de pessoas, no Paquistão, a notícia rapidamente cai no esquecimento.
sexta-feira, janeiro 13, 2006
MOVIMENTO DE ROTA-EMOÇÃO
éramos um
e ficámos três.
Os braços pequeninos abriram-se
como as pétalas tímidas
de uma flor
na pele.
Os abraços
os laços
os sorrisos
na janela do olhar.
As pernas, os gritos
os passos, os primeiros
a palavra, a canção
os dias repetidos
únicos
na visão mágica
do crescimento
movimento
da rota-emoção.
Éramos dois, éramos um
e acordámos três
três vozes
sentidas
perdidas
pela imensidão do mundo
à beira dos teus olhos pequeninos.
Éramos um. Éramos dois.
E ficámos três. E crescemos quatro,
enfim, o quadrado perfeito
no arco dos braços
das mãos pequeninas,
o abraço no movimento
do mundo
na sua rotação.
(Rota em torno da emoção).
quinta-feira, janeiro 12, 2006
quarta-feira, janeiro 11, 2006
NOS MOMENTOS DIFÍCEIS
Vamos buscar forças ao fundo do saco roto da nossa coragem.
E lá vamos nós, pernas para que te quero
a fúria derradeira nos braços a mascarar a angústia e o murro no peito.
Mas depois, quando tudo acalma é que sentimos o peso de toneladas de aço
a empurrar-nos para baixo.
HÁ UM ANO ATRÁS
Mais uma data que marca um caminho, com algumas lágrimas, e muitos sorrisos.
terça-feira, janeiro 10, 2006
PROGRAMA DIÁRIO
8.00 - levantar. Tomar o pequeno almoço.
8.10 - ver o Ruca.
12.30 - almoçar, enquanto vê o Ruca.
Toda a tarde- ver o Ruca.
(Algumas pequenas paragens para ouvir uma estória, jogar na x-box ou ver o Tom & Jerry, fazer uns desenhos ou brincar um bocadinho).
19.00 - Jantar
Depois do jantar - ver o Ruca.
SOCORRO!!!
(pronto, o miúdo partiu a perna e ela deve ter batido com a cabeça, estão vocês a pensar. Se lerem isto compreenderão melhor o meu desespero).
domingo, janeiro 08, 2006
PEQUENO ACIDENTE
É o que dá ter um blogue: não podemos escrever nada que toda a família aí em Portugal não fique a saber. Por isso, e porque só hoje é que os avós souberam do que aconteceu, é que me atrevo a contar-vos.
Pois é: temos uma perna pequenina engessada cá em casa. Na quinta feira de manhã, no meio dos habituais saltos e pulos em cima do sofá e deste para o chão, o pé escorregou, a perna torceu e o osso não aguentou: fracturou. O pai ouviu o som do osso a partir e estava mais aflito; a mãe, que estava na cozinha, ao princípio pensou que tinha sido apenas um mau geito ou uma distensão muscular. Mas o choro continuado e o alto na perna que se formou logo poucos minutos depois não deixaram margem para dúvidas de que fora algo mais que isso. Chamou-se a ambulância, que chegou em poucos minutos, e lá foi a mãe com ele para o hospital.
Bom. Depois de três radiografias lá se confirmou o veredicto: fractura na tíbia. Recuperação prevista dentro de 4 a 6 semanas. Até lá, imobilização total! (Apesar de ele não parar quieto, sentado no sofá, com a perna apoiada numa almofada, a jogar x-box com o irmão).
Depois de passado o pior (ele está bastante melhor e a recuperar bem), depois do meio dia no hospital e de parte da primeira noite, devido às dores intensas, em que praticamente não dormi, estou mais calma. Mas uma coisa vos digo: não há nada pior do que ouvirmos o nosso filho chorar e gritar de dor e não podermos fazer nada para o acalmar. De bom grado teria trocado de lugar com ele. (E olhem que não digo isto de ânimo leve: sei bem o que são dores insuportáveis, tive dois partos sem epidural e sobrevivi a uma apêndicite aguda com uma infecção severa!)
Naquele dia, no hospital, enquanto esperava pelo parecer médico, disseram-me que havia a hipótese de ele ser operado, dependendo do tipo de fractura. Fiquei com o coração apertado, não consegui imaginar o que seria de mim se isso acontecesse. Foi a única altura em que fraquejei. Claro que podia ter acontecido, e não seria uma intervenção complicada nem com grandes riscos, mas só a ideia fez-me estremecer e sentir a pontada do desespero no coração. Felizmente não foi necessário: o médico explicou que, no caso de crianças desta idade, eles não operam, porque a recuperação é bastante fácil e rápida.
Mas, no meio de camas de hospital e dos gritos do meu filho, fiquei a pensar naquelas crianças (nos milhões que há em todo o mundo) que precisam de cuidados médicos continuados, que sofrem de doenças fatais, que estão internadas devido a problemas graves. Apesar de tudo, da minha dor e do meu desespero, ao pé desses casos o meu não foi nada. Ou quase nada. E realizei que se realmente acontecesse alguma coisa mais grave com algum dos meus filhos, eu ficaria à beira da loucura. Desde esse dia que não consigo deixar de pensar nessas crianças e nesses pais, que diariamente vivem aquilo que eu vivi em poucas horas, com uma intensidade incomparavelmente mais elevada. Pode dizer-se que passei por um milésimo daquilo que imagino que seja a sua dor, e fiquei completamente de rastos.
E CLARO
terça-feira, janeiro 03, 2006
segunda-feira, janeiro 02, 2006
2º DIA DO ANO
Chateada: montes de fotografias e alguns documentos perderam-se neste chilique que deu a esta máquina (bem feita! Quem me manda não fazer backups? Eu digo sempre o mesmo, mas depois vou-me esquecendo...)
Anyway...
Um pouco de ânimo: estou a preparar-vos uma surpresa...
Uma pista: trata-se de uma viagem... uma pequena viagem... que pode revelar-se muito grande e emocionante! (Pelo menos assim o espero...)
E mais não digo!
Até amanhã, e mais uma vez
UM FELIZ 2006 PARA TODOS!
domingo, janeiro 01, 2006
ANO NOVO VIDA NOVA
É verdade, estou de volta, mais depressa do que imaginei :)
Desejo-vos a todos um 2006 EM GRANDE!!!